Com a chegada do mês de agosto, a campanha Agosto Dourado chama a atenção para a importância do aleitamento materno. De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), publicado em 2021, o índice de amamentação exclusiva é de apenas 45,8% entre as crianças de até seis meses de vida.
O pediatra Hamilton Robledo, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), comenta que os impactos positivos do aleitamento materno vão além de nutrir o bebê.
“A amamentação desempenha um papel significativo no desenvolvimento físico e cognitivo do bebê. Os nutrientes e compostos bioativos presentes no leite materno contribuem para o crescimento adequado do corpo e do cérebro, estabelecendo bases sólidas para o futuro da criança”, explica.
O leite materno é considerado o alimento mais completo e personalizado para o bebê. Ele oferece todos os nutrientes e a hidratação necessários, além de fortalecer o sistema imunológico, prevenindo doenças como infecções respiratórias e gastrointestinais.
“A amamentação também traz vantagens para a mãe, como a recuperação pós-parto, a redução do risco de hemorragias, o auxílio na perda de peso e a diminuição da incidência de certos tipos de câncer (mama e ovário). Além dos benefícios nutricionais, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e bebê, contribuindo para o desenvolvimento emocional da criança”, ressalta Robledo.
Benefícios da amamentação
O pediatra da Rede São Camilo aponta alguns benefícios para a mãe e para o bebê.
Para o bebê
Nutrição completa: Contém todos os nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais) na proporção ideal para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, dispensando até mesmo água nos primeiros seis meses.
Imunidade fortalecida: É rico em anticorpos, células de defesa e fatores bioativos que protegem o bebê contra uma série de doenças, como diarreias, infecções respiratórias (pneumonia, bronquiolite), otites e alergias. É como se fosse a primeira vacina do bebê!
Fácil digestão: Sua composição é facilmente digerida pelo sistema gastrointestinal do bebê, o que ajuda a prevenir cólicas, gases e desconfortos.
Desenvolvimento saudável: Contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal (preparando para a mastigação e fala), reduz o risco de cáries e promove o desenvolvimento cognitivo, podendo influenciar na inteligência e capacidade de aprendizado.
Prevenção de doenças crônicas: Diminui o risco de o bebê desenvolver obesidade, diabetes tipo 1 e 2, hipertensão e colesterol alto na vida adulta.
Redução da mortalidade infantil: A amamentação é uma das estratégias mais eficazes para reduzir a mortalidade em crianças menores de cinco anos.
Vínculo afetivo: O contato pele a pele e a interação durante a amamentação fortalece o vínculo entre mãe e bebê, proporcionando segurança, afeto e um desenvolvimento emocional mais saudável.
Para a mãe
Recuperação pós-parto: Ajuda o útero a contrair e retornar ao tamanho normal mais rapidamente, diminuindo o risco de hemorragias pós-parto e de anemia.
Auxílio na perda de peso: A produção de leite gasta energia, o que contribui para que a mãe recupere o peso pré-gravidez de forma mais natural.
Prevenção de cânceres: Reduz o risco de desenvolver câncer de mama e de ovário. Estudos também indicam benefícios na prevenção do câncer de colo do útero.
Menor risco de doenças crônicas: Diminui as chances de a mãe desenvolver diabetes tipo 2, hipertensão, colesterol alto e obesidade no futuro.
Fortalecimento do vínculo: Assim como para o bebê, a amamentação estimula o vínculo emocional e o carinho entre mãe e filho, promovendo bem-estar para ambos.
“A liberação de ocitocina, conhecida como ‘hormônio do amor’, fortalece o vínculo entre ambos. O contato pele a pele durante a amamentação é importante para o desenvolvimento emocional tanto da mãe como do bebê, oferecendo conforto e segurança ao recém-nascido”, conclui o pediatra.
Sobre a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 3 Unidades de hospital geral (Pompeia, Santana e Ipiranga) que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade em neurologia, cardiologia e cirurgia robótica. As Unidades possuem Centro de Oncologia e de Hematologia habilitada para realizar o Transplantes de Medula Óssea.
É a primeira Rede de Hospitais fora do Canadá a obter a Certificação em nível Diamante da Qmentum Internacional. Além do Selo Amigo do Idoso, a Rede tem os serviços laboratoriais certificados pela PALC e ainda a Certificação Internacional da ABHH nos serviços de Hematologia e Transplante de Medula Óssea.
As Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga prestam atendimentos privados que subsidiam as atividades de várias unidades administradas pela São Camilo no país e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). No Brasil desde 1922, a São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com centros de educação, colégios e centros universitários.

