Paulo Brito, Guilherme Carneiro, Victoria Marra, Maria Antônia Demartini, Pedro Mabel, Maria Clara Tavares, Lorena Moura, Marina Zakarewicz e Marcela Paranhos
Por muitos anos, o axé foi associado à geração 30+, que cresceu ao som de Bell Marques, Banda Eva, Durval Lelys, Ivete Sangalo, Timbalada e tantos outros nomes que dominaram os carnavais e micaretas pelo país. Mas esse cenário está mudando. Nos últimos anos, uma nova geração — formada por jovens na casa dos 20 e poucos anos — tem se rendido à batida contagiante da música baiana. Em Brasília, por exemplo, o fenômeno se confirma com o crescimento expressivo do público jovem no Festival Micarê 2025, que aconteceu no último final de semana, 2 e 3 de maio.
“Minha família também sempre curtiu a Micarê, mas posso dizer que meu amor pelo axé veio mesmo por conta própria. Estive nas três últimas edições e todas foram incríveis. Sem dúvida, estarei na próxima — pronto pra curtir mais um show inesquecível do Durval e do Bell”, conta Pedro Mabel, 20 anos, estudante universitário, que foi pela terceira vez ao festival com um grupo de amigos.
Segundo os organizadores, cerca de 20% do público desta edição tinha menos de 30 anos — número que deve ser ainda maior em 2026. “A gente percebe que o axé está virando trilha sonora de uma nova juventude, que busca experiências mais vivas, mais intensas. É um público que talvez não tenha vivido os anos de ouro do axé, mas que se conecta com a energia, a dança e a celebração coletiva que só esse ritmo proporciona”, explica Rodrigo Verri, da Verri & Verri Produções, uma das empresas responsáveis pelo evento.
A aposta em um line-up que une ícones da velha guarda com novos artistas como a dupla Rafa & Pipo tem sido uma das estratégias para atrair esse novo público. Neste ano, nomes como Bell Marques, Durval Lelys, Timbalada, Banda Eva, Xanddy Harmonia, Tomate, Rafa & Pipo e Tuca Fernandes embalaram os dois dias de festa com sucessos atemporais e canções mais atuais.
Além da música, a experiência como um todo tem sido pensada para dialogar com os hábitos dos jovens: decoração mais instagramável, estrutura de festival, presença de influenciadores como Pati Guerra, que tem 766 mil seguidores, e uma comunicação digital intensa ajudaram a consolidar a Micarê como mais do que um evento — mas como um movimento de cultura e nostalgia para uma geração que gosta de viver o presente com referências do passado.
Ana Teresa Ribeiro, Ana Luiza Barjud , Gabriela Mendes , Rafaela Ramos, Ana Luiza Berto, Manuela Pinheiro, Davi Barjud e Isabela Verri
“Esse não foi meu primeiro evento de axé — já fui a vários blocos e festas, inclusive no Carnaval de Salvador, onde me apaixonei de vez pelo gênero. Sempre que tem Micarê, eu faço questão de estar lá pra viver essa energia contagiante e esse clima de alegria que só o axé proporciona. A gente quer dançar junto, suar, gritar. É diferente de tudo”, afirma Pedro.
Para a universitária Marcela Paranhos, de 20 anos, a proposta de reviver o clima do Carnaval de Salvador fora de época, com trio elétrico e muita folia, é simplesmente irresistível. “É isso que me faz querer ir sempre. Meus pais também adoram — eles dizem que lembra a época em que tinham pique para encarar o Carnaval de Salvador, mas agora com toda a comodidade e estrutura que um festival como esse proporciona”, conta.
O festival recebeu público recorde, cerca de 30 mil pessoas, com milhares de foliões vindos de diversas partes do Brasil e do mundo — incluindo foliões da Costa Rica e muitos jovens que, mesmo sem saber, já estão escrevendo o novo capítulo da história do axé.
André Igreja, Aloísio Portela, João Verri, Pedro Bergamo e Guilherme Rinaldi
A realização é uma parceria de peso entre empresas experientes do setor de entretenimento da capital: Verri & Verri, U Piano Entretenimento, Medley Produções, GT10 Produções e Backstage Brasil foram os responsáveis por proporcionar um evento impecável em cada detalhe — da organização à limpeza, da segurança à logística, da música à sustentabilidade.