Os dois últimos dias da quinta edição do Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental apresentam uma programação intensa ao público do DF. No sábado (2) acontece a estreia mundial do brasileiro “Tudo que vi era o sol” (Leo Amaral, Pedro Maia e Ralph Antunes) e do canadense “Frog Moon” (Noé Rodriguez). Serão exibidos também onze filmes no sábado, que integram a principal mostra do evento, a Cineastas na Fronteira. No domingo (3), é a vez de “Paisagem em Chamas” (Silvino Mendonça), curta do DF, ter a sua estreia mundial. O filme integra a Mostra Cadmo e o Dragão, que vai exibir, no domingo, cinco realizações de Brasília. O festival terá uma sessão especial de encerramento com “ANHELL 69”, do colombiano Theo Montoya. Todas as sessões têm entrada franca. A programação do fim de semana ainda contempla o VER CINEMA, Encontro Internacional de Programadores.
“ANHELL 69”, que será exibido às 19 horas do domingo, é o filme vencedor dos prêmios de melhor filme na categoria principal e no júri popular na última edição do Olhar de Cinema de Curitiba. Já a ficção mineira “Tudo o que vi era o sol”, o personagem interpretado por Gil Antunes corporifica toda uma paisagem político-afetiva de uma memória proletária. O filme está na sessão de sábado (2/9), às 19 horas. “Em Frog Moon, o artista catalão radicado no Canadá Noé Rodriguez dá continuidade ao seu trabalho com a película propondo uma relação mítica com a natureza e a luz”, é o que explica Rafael Parrode, um dos programadores do Fronteira, também diretor do Festival. O curta pode ser visto também no sábado (2/9), às 17 horas.
“Paisagem em Chamas”, por sua vez, convoca a memória da existência do lugar, do Cine Brasília e de todos os cinemas aparecidos e desaparecidos, num presente bifurcado. É o que diz a curadora e diretora Juliane Peixoto. “Paisagem em Chamas é emocionante como recusa o hábito de cair na armadilha da cafetinagem. Alegria programar esse filme pela primeira vez”, relata Juliane.
A curadoria ainda chama atenção para a estreia no Brasil do premiado longa-metragem pandêmico, “Uma Mulher Escapa” (A Womens Escapes). O trabalho foi dirigido em colaboração pelo turco Burak Çevik e pelos artistas canadenses Sofia Bohdanowicz e Blake. “As interações típicas do trabalho de Blake Williams com óculos 3D anaglifos compõem uma das mais interessantes experiências da mostra Cineastas na Fronteira”, destaca Camilla Margarida, curadora e diretora do festival. O filme abre a programação de sábado, sendo exibido às 15 horas.
Ainda serão exibidos no sábado “Mãri hi – A árvore do sonho” (Morzaniel Iramari), “Os Vizinhos Mais Próximos” (Rebecca Baron, Douglas Goodwin), “O jardim secreto” (Nour Ouayda), “Bezuna” (Saif Alsaegh), “Imagem-tempo” (Daniel Neves, Renato Queiroz), “Anti-cosmos” (Takashi Makino), “Silesilence” (Jacques Perconte), “Panteras” (Breno Baptista), “Luz Subterrânea” (Nilles Atallah), “Os Mais Novos Velhos” (Pablo Mazzolo) e “Aqui Onde Tudo Acaba” (Cláudia Cárdenas, Juce Filho).
No domingo, também integram a Mostra Cadmo e o Dragão, “Vermelho Bruto” (Amanda Devulsky), “A árvore” (Ana Vaz), “Luta pela terra” (Camilla Shinoda, Tiago de Aragão) e “Cemitério Verde” (Maurício Chades).
Formação
A programação do fim de semana ainda inclui a segunda edição do VER CINEMA: Encontro Internacional de Programadores. A primeira edição do encontro aconteceu em Goiânia, em 2017, no Centro Cultural da UFG. “O VER CINEMA busca pensar o processo de programação/curadoria de filmes e sua influência na comercialização das obras, no acesso ao público e nas possibilidades de produção de saber com o cinema. Tem como objetivo problematizar a relação entre comércio e arte. Vamos discutir o sistema industrial de exibição, refletindo sobre a política atual de distribuição e exibição que influencia os campos da pesquisa, da produção, da comunicação ao público, da preservação, da realização, da crítica, da educação em cinema e audiovisual”, comenta Juliane Peixoto, uma das coordenadoras do evento e professora do IFB – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Brasília.
A primeira mesa de discussão do VER CINEMA será mediada por Pedro B. Garcia (IFB) e a segunda mesa por Arthur Senra (IFB). Elas acontecem gratuitamente às 10h de sábado (2) e domingo (3) no Cine Brasília e contam também com a presença de Adirley Queirós (CEICINE), Len Costa (Cine Quebrada), Naiara Rocha (Cine Quebrada), Lina Távora (SAv – MinC), Rafael Parrode (Fronteira), Álvaro Malaguti (RNP), Allex Medrado (IFB) e Nathalya Brum (404 produções).
Em 2023, o Fronteira é uma co-produção Júpiter Filmes e Barroca Filmes e realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). Provocado por um coletivo de programadores, o Fronteira recebeu 1021 inscrições de 47 países diferentes. Assinam a curadoria da refundação do festival no cerrado Ana Flávia Marú, Camilla Margarida, Henrique Borela, Juliane Peixoto, Marcela Borela e Rafael Castanheira Parrode.
Serviço: Programação do último dia do V Fronteira Festival
Sábado e Domingo, 2 e 3 de setembro, a partir das 15h
Cine Brasília, SQS 106, Brasília-DF
Programação no site www.fronteirafestival.com
Instagram: instagram.com/