“Ciclo da vida que começa nas sombras, passa pela luz e retorna para as sombras.” Ao longo da vida passamos por vários momentos: o nascimento, desenvolvimento, encontro com os outros, felicidades, tristezas, reflexões… Após atingir o ápice da expressão criativa, o retorno para as sombras acontece para que aquilo que precisa ir embora possa dar lugar para o novo.
Na premissa de novas conexões e guiada pelos ciclos temporais, a banda brasiliense Binarious se aventura na miscelânea dos trabalhos anteriores no mais recém EP vida-morte-vida.
Assista o EP visual em: https://www.youtube.com/
Assinando cada uma das composições, tudo foi pensado e estudado meticulosamente pelo trio, formado por Andressa Munizo (vocal e guitarra), Lídia Pessoa (baixo e vocais) e Clara Vidal (bateria). O EP leva nas seis faixas um terreno harmônico que presenciamos com os singles anteriormente lançados, “Arco-Íris” e “O Amor Faz Encontrar”. O primeiro single, divulgado durante o período de quarentena em uma versão caseira, também ganha clipe, além de uma nova mixagem e captação de estúdio, assim como a faixa “Indivíduo”.
“Os ciclos podem ser comparados com as fases da lua ou as estações do ano. Cada música representa uma dessas fases e reflete sobre a evolução humana e sua identidade como ser”, reflete Andressa Munizo, vocalista, ao abordar o conceito acerca do EP.
O trio reafirma sua potência feminina embarcando em uma nova e prolífica fase criativa, solidificada com o EP que também traz um projeto visual. Em 15 minutos de duração, o trabalho reflete diretamente sobre o começo e encerramento de fases, inspirado no curta-metragem Anima, estrelado por Thom Yorke, vocalista do Radiohead.
Com a direção assinada também por Andressa Munizo, o curta permeia todo o conceito do álbum ao usar 8 espaços de Brasília como cenário principal. A equipe é composta em sua maioria por mulheres tanto na frente quanto por trás das câmeras, em destaque a coreógrafa Clara Molina e a roteirista Ana Poney. A produção do projeto visual fica por conta da ARA Filmes.
Produzido pela própria banda, o EP foi mixado e masterizado pelo vencedor do Grammy Latino Ricardo Ponte (Koppa, Escolta, Alaska), e participação especial do violinista Tom Suassuna em duas faixas. O EP já está disponível nas plataformas de streaming de áudio e vídeo.
“Trabalhamos nas produções musicais de forma independente em casa, explorando novas referências sonoras sem perder nossa identidade, e posteriormente, levamos o projeto para o estúdio pela primeira vez, visando uma qualidade ainda maior do que o primeiro EP. No geral, foi uma experiência de autodescoberta e crescimento, onde buscamos evoluir como artistas e refletir sobre o existencialismo humano sem perder a essência que torna a Binarious única”, conta Andressa.
Após anos dedicados à produção das músicas, a banda decidiu expandir sua visão artística com um EP visual, reconhecendo-o como uma forma vital de expressão em um mundo pós-pandêmico. “Esperamos que nosso trabalho ressoe com pessoas que se identifiquem com nossa mensagem sobre existencialismo, união e amor, mostrando que, apesar dos desafios enfrentados durante a pandemia, a força do amor e da conexão humana prevalece”, reforça o trio.