CEUB incorpora fotografia digital no aprendizado de food styling em Gastronomia

A arte da gastronomia vai além do paladar: a subjetividade das lentes realça o poder dos pratos autorais. O Centro Universitário de Brasília (CEUB) implementa prática pedagógica complementar nas aulas práticas do curso de Gastronomia, promovendo o uso técnico de dispositivos móveis para enriquecer o aprendizado. Enquanto durante o preparo de receitas os celulares seguem guardados, ao final das atividades são utilizados para registrar as produções culinárias, desenvolvendo competências em fotografia de alimentos e food styling design.
“Os alunos utilizam o celular para capturar imagens dos pratos que preparam, explorando técnicas de ângulo, iluminação e composição”, explica Eduardo Duó, professor do curso de Gastronomia do CEUB. Segundo ele, a prática vai além da estética, conectando os estudantes às demandas do mercado gastronômico, onde a apresentação visual é crucial para o sucesso de marcas e empreendimentos.
A iniciativa é inspirada em instituições renomadas como o Culinary Institute of America, que já incorporaram disciplinas de fotografia digital em seus currículos. No CEUB, a abordagem busca equilibrar o aprendizado técnico da gastronomia com o desenvolvimento de habilidades digitais. “Ao transformar criações analógicas em produtos digitais, os alunos aprendem a comunicar o valor de seus pratos, agregando relevância ao que produzem”, pontua Duó.
Durante o preparo das receitas, a restrição de celulares cria um ambiente propício para a concentração, o trabalho em equipe e a interação entre os alunos. Segundo o professor, esta medida promove maior segurança na cozinha, reduzindo o risco de acidentes e incentivando a memorização de técnicas por meio da repetição e execução direta.
Ao final das aulas, o estímulo das técnicas de food styling potencializa a criatividade dos estudantes, permitindo que explorem o universo digital por meio de registros fotográficos autorais, realçando a beleza da técnica na montagem dos pratos preparados nas práticas. “Isso fortalece o ambiente colaborativo e prepara os alunos para um mercado cada vez mais digitalizado e competitivo”, arremata Eduardo Duó.